Um homem entra em uma casa como convidado para uma festa. Oferecem-lhe um lugar especial na copa, pois é uma figura ilustre da sociedade. Cumprimenta os demais e senta-se próximo a Simão, o anfitrião. Faltam dois dias para a Páscoa. A época é distante, quase dois milênios atrás. O fato se passa em Betânia, uma região importante naquele tempo. A casa está cheia, e os olhares dos demais convidados são direcionados ao ilustre líder político-religioso. Todos estão atentos às sábias palavras do Mestre. É Jesus de Nazaré, um jovem entusiasta que atrai multidões e incomoda os clérigos pelo conhecimento e influência sobre a população, principalmente os menos favorecidos.
Durante o transcorrer da conversa entra ao recinto uma mulher. Meio acanhada e com gestos vacilantes, se aproxima do Mestre. Ela carrega nas mãos, junto ao peito, um vaso de alabastro, com unguento de nardo puro, de alto preço; e quebrando o vaso, derrama o conteúdo dele sobre a cabeça de Jesus. Depois, abaixa-se aos pés do homem que a observa com calma e, com um choro contido, começa a lavá-los com o líquido que está no recipiente. Rapidamente o cheiro se espalha por toda a casa. Todos olham estarrecidos aquela cena. Um clima de incerteza toma conta da maioria que está presente. A mulher é Maria Madalena, considerada adúltera, e, portanto, transgressora das leis impostas pelos homens da nação judaica. Então, irrompe-se em pranto, sem poder mais conter as emoções, e passa a enxugar os pés do homem, que então, olha-a agora com ternura e compaixão. Os outros a reprovam veementemente!
É possível imaginar a desconcertante cena, por tratar-se de uma quebra de tradições e normas vigentes na época entre os judeus, cuja religião não permitia tal distorção nos preceitos feitos por homens. O registro deste fato está nas páginas da Bíblia Sagrada, no Evangelho de Marcos, e segue-se da seguinte forma: “E alguns houve que em si mesmos se indignaram, e disseram: Para que se fez este desperdício de unguento? Porque podia vender-se por mais de trezentos dinheiros, e dá-lo aos pobres. E bramavam contra ela. Jesus, porém, disse: Deixai-a, por que a molestais? Ela fez-me boa obra. Porque sempre tendes os pobres convosco, e podeis fazer-lhes bem, quando quiserdes; mas a mim nem sempre me tendes. Esta fez o que podia; antecipou-se a ungir o meu corpo para a sepultura. Em verdade vos digo que, em todas as partes do mundo onde este evangelho for pregado, também o que ela fez será contado para sua memória.” (Marcos 14:9).
Jesus era objeto de perseguição pelos sacerdotes e escribas que almejavam silenciá-lo, e também os ideais que Ele promovia entre o povo. Mas mesmo assim, não deixou de fazer o que lhe era designado por Deus, o grande condutor e inspirador naquele trabalho, e a quem ele chamava de Pai. O que motivou Maria a este ato, o qual poderia lhe causar ainda mais transtornos à sua vida pessoal? O que Jesus faria depois de presenciar aquela circunstância que o envolveu completamente? Por que ele não deixou de atender a mulher e ainda repreendeu quem se indignou com o fato?
Bem, se analisarmos a situação levando em consideração a Pirâmide de Maslow, veremos que a atitude da mulher foi movida por suas próprias necessidades, numa sequência de cima a baixo: auto realização, estima, participação, segurança e estabilidade, e fisiológicas. Acredito que a mais importante para ela naquele momento era a estima, por ter sofrido constantes humilhações e desaprovações. Ao contrário do que esperavam os homens que presenciaram o ocorrido, Jesus não a reprovou. Ele aceitou o pedido de perdão daquela mulher e a conduziu a um estado de espírito sem sobrecargas. Ele demonstrou ter noção do que mandam os direitos do consumidor, ao ouvir e atender as necessidades dela. E ainda levou em consideração o que, em nossos dias, Karl Albrechet disse sobre o conceito de Serviço: “Serviço é todo trabalho que agrega valor, feito em benefício de outra pessoa.”
Segundo pesquisas atuais sobre os resultados dos atendimentos feitos a clientes, 68% dessa massa de pessoas estão insatisfeitos com esses serviços. Alguns que estavam naquele local com Jesus e Maria Madalena, desaprovaram a atitude dele. Certamente seriam eles os funcionários de empresas contemporâneas que causam esse alto índice. Claro que o primeiro a ser repreendido foi Simão, o anfitrião da festa. Saiba, com toda a certeza, que cliente bem tratado volta sempre! E Maria cumpriu a profecia de Jesus, quando ele disse que a história daquela mulher seria contada em todo o mundo. Popularmente costuma-se dizer: “Nem sempre se tem uma segunda chance para causar uma boa impressão.” O que você, leitor, pensa sobre isso?
O exemplo dado por Jesus de Nazaré é seguido por milhares de milhares de pessoas e trabalhadores ao longo desses dois mil anos, mas qual exemplo você tem seguido ao ser colocado em contato com os seus clientes? Você já fez alguma pesquisa de opinião com algum deles sobre a perspectiva que possuem sobre o seu trabalho? Ou você é daqueles que pouco se importa com o que estão dizendo e se alguém não estiver contente com a sua atuação, que se exploda, e à partir daí segue para outra prospecção do produto? Relaxe! Até porque não dá pra puxar tanto as suas orelhas, pois você só tem duas, assim como eu.
No caso da busca de excelência no atendimento, podemos levar em consideração que o que Jesus fez foi simplesmente expor publicamente, através de atos, a opinião que ele possuía, favorável a boas relações interpessoais, o que suscita lucros e gera produtividade. Ainda falando de pesquisas de opinião pública, costuma-se dizer que para cada 5 pessoas que falam bem de seu trabalho, outras 20, por se sentirem insatisfeitas, o denigrem. A proporção é de 1 para 4, mas já ouvi dizerem que a proporção real é de 1 para 11.
Ual! Se for assim, realmente Jesus fez muitos inimigos! Mas por que Jesus, mesmo assim, conseguia conquistar seguidores que passavam a viver o evangelho e ainda se tornavam incansáveis e potenciais divulgadores das boas novas? Justamente porque ele visava satisfazer o cliente, e não somente servi-lo. Pois quando se soluciona o problema sem culpar qualquer pessoa, numa tentativa de justificar o seu próprio erro, você está formando um feedback positivo com ela, e acredite, ninguém gosta de ser maltratado! Portanto, seja empático com o seu público, com os seus clientes, colegas de trabalho, amigos, e parentes. Por isso, eu sugiro que você siga o exemplo de excelência de Jesus no atendimento.
Você conhece o menor versículo da bíblia? Dê uma olhadinha lá. Está no evangelho de João, capítulo 11 e versículo 35: “Jesus chorou.” Simples, mas profundo! Leia o contexto; o capítulo todo. Você vai gostar de adquirir conhecimento da vida e da obra do grande Mestre das multidões: Jesus de Nazaré. Siga adiante com excelência e fé. É assim que você estará promovendo o seu SUCESSO!